CRÍTICAS, ANÁLISES, IDÉIAS E FILOSOFIAS EM GERAL A RESPEITO DE FILMES DE HORROR DE TODAS AS ÉPOCAS, NACIONALIDADES E ESTILOS, E MUITAS OUTRAS COISAS RELACIONADAS AO GÊNERO

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Allison Hayes: The Undead (1957)

   Em março de 2010, quando este blog estava a todo vapor (infelizmente - ou felizmente - não estou com tempo para mantê-lo atualizado!), publiquei uma montagem (que não foi feita por mim) da atriz Allison Hayes numa cena do filme The Undead. Pois há alguns dias recebi un regalo de um leitor espanhol, que me enviou a imagem refeita - desta vez com os encaixes perfeitos, para que possamos apreciar sem interrupções todas as curvas da musa - acompanhada da simpática mensagem abaixo:

   Hi Carlos, from the Spain a present for you.
   Me gustó el montaje y quise mejorarlo. Creo que el resultado no ha quedado nada mal.
   Espero verlo en tu blog.
   Un saludo, bye.
   Raúl


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Excitação Diabólica (1982)

Horror no Cinema Brasileiro - 13 e 18 de abril

   O horror volta a atacar em dose tripla na Cinemateca de São Paulo, escolhendo justamente uma sexta-feira 13 para levar ao público aficionado pelo gênero obras raras desse gênero em nosso cinema. Repetindo o que aconteceu na primeira sessão da mostra, que destacou um filme pouco conhecido do brilhante cineasta John Doo, esta terceira edição traz como principal atração mais um longa do cultuado diretor da Boca do Lixo, recentemente falecido: a atração desta noite é Excitação Diabólica, de 1982. O filme traz a saudosa Wanda Kosmo no papel de uma velha prostituta - na verdade, uma bruxa asquerosa - que assume a aparência das beldades Aldine Muller e Zaira Bueno.
   A maratona horrorífica segue madrugada adentro com o clássico melodrama Meu Destino É Pecar (1952), dirigido por Manuel Peluffo e produzido pela Maristela, com roteiro baseado no folhetim assinado por Suzana Flag, na verdade um pseudônimo do escritor Nelson Rodrigues. Uma história de mistério e horror barroco, com clara inspiração em Rebeca, a Mulher Inesquecível (1940), de Alfred Hitchcock, um dos filmes preferidos de Rodrigues, a trama deliciosamente estapafúrdia inclui um suposto fantasma e um detalhado ritual de macumba.
   Fechando a trinca, o erótico e satânico O Castelo das Taras (1982), de Julius Belvedere, busca inspiração na figura malévola do Marquês de Sade para contar uma história de decadência, depravação e corrupção. O destaque fica para Esmeralda Barros, num dos papéis mais ultrajantes de sua carreira, reservando uma explosiva surpresa para os minutos finais. Um filme que nem sempre merece a devida atenção, mas inquestionavelmente um dos mais enfáticos exemplares do cinema de horror brasileiro.
   Confira o material do evento no site da Cinemateca, com serviço completo, incluindo endereço, fichas técnicas e sinopses.

A Noite do Chupacabras em DVD

   Finalmente chega ao DVD o segundo longa-metragem de Rodrigo Aragão, A Noite do Chupacabras. E a data não poderia ser mais simbólica: uma sexta-feira 13. Para consagrar esse dia de mística cinefilia, o filme Mangue Negro, o longa anterior de Aragão, será exibido no Canal Brasil às 00h30, na madrugada de sexta para sábado, prestigiando o cinema de horror brasileiro. Para adquirir os filmes do cineasta capixaba em DVD, basta acessar o site da produtora Fábulas Negras.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Horror no Cinema Brasileiro - 10 a 16 de fevereiro


   Não está morto o que não está enterrado. Ou melhor, mesmo o que jaz sete palmos abaixo da terra pode voltar para nos aterrorizar quando menos esperamos... Claro, estou falando deste blog morto-vivo, abandonado há meses como a mais tenebrosa casa mal-assombrada... Não era a minha intenção, é penoso largar um filho quando ele começa a criar personalidade, mas se é que existe um consolo nisso tudo, pelo menos o motivo foi justificável: não foi falta de assunto, interesse ou repercussão, mas absoluta falta de tempo! No último semestre fiquei ocupado com uma série de compromissos profissionais que me propiciaram participar de eventos como o Fantaspoa, RioFan e CineFantasy, os maiores festivais de cinema fantástico do Brasil, além dos cursos de cinema que regularmente levo a Porto Alegre pela produtora Cena Um. Também tive o privilégio de fazer parte da espetacular Mostra Hitchcock realizada no CCBB de São Paulo, com uma aula magna para uma plateia de altíssimo nível que lotou o cinema (e, ainda por cima, cercado de obras do genial E.C. Escher por todos os lados!). Igualmente memorável foi o agosto passado em Fortaleza, onde ministrei na Vila das Artes um curso de um mês de duração que passeou pelo cinema de horror desde os filmes mudos até as obras inigualáveis de José Mojica Marins, tema de uma mini-retrospectiva no evento. Depois, de volta para casa, ainda pude falar um pouco sobre a carreira de Vincent Price num rápido evento realizado no SESC Osasco.
   Feita a justificativa de tão absurdo abandono, vamos ao motivo desse glorioso retorno: começa na Cinemateca de São Paulo, na madrugada de sexta-feira, dia 10 de fevereiro, o ciclo Horror no Cinema Brasileiro, dedicado à exibição de longas-metragens nacionais desse gênero. O projeto, com curadoria de Eugênio Puppo, é um desdobramento da pioneira mostra idealizada por mim e por Laura Cánepa e produzida pela Heco, em 2009, que exibiu 25 dos mais importantes filmes brasileiros de horror no CCBB de Brasília e do Rio de Janeiro. Foi o primeiro passo de um audacioso projeto que pretende registrar toda a história do horror nas telas brasileiras.
   A ideia da mostra cresceu e a reencarnação paulista do evento ganhou um espaço fixo com sessões regulares: todo mês, três filmes diferentes serão exibidos numa maratona noite adentro, e depois reprisados ao longo da semana seguinte. Os títulos escolhidos para essa sessão inaugural não poderiam ser mais representativos: começa à meia-noite com O Despertar da Besta (1969), a obra-prima delirante de José Mojica Marins, seguido de Ninfas Diabólicas (1978), uma das obras mais importantes de John Doo - infelizmente falecido há poucos dias - e que não fez parte da mostra original de Brasília e do Rio de Janeiro, e, fechando a noite, O Maníaco do Parque (2002), de Alex Prado, filme que foi concluído somente em 2009 graças a esforços da Heco e da equipe organizadora do evento.
   Desta maneira, inicia-se um monumental resgate do cinema de horror brasileiro - algo sequer pensado até este momento - e que trará ainda muitas surpresas e filmes que são cultuados ainda por poucos, mas que despertam a curiosidade de muitos cinéfilos que até o momento só ouviram falar de tais pérolas, mas nunca puderam conferi-las. Entre os cineastas que serão contemplados com exibições nas próximas sessões provavelmente estarão nomes como Walter Hugo Khouri, Carlos Hugo Christensen, Júlio Bressane e Elyseu Visconti Cavalleiro. O êxito dessas sessões, com presença maciça dos amantes do cinema nacional e de filmes de horror em geral, será determinante para que o espaço continue sendo ocupado por esse evento. O Brasil tem pelo menos duzentos filmes de horror que merecem ser vistos e descobertos pelos aficionados pelo tema e que, até agora, sequer desconfiam de sua existência.
   Confira o material de apresentação do evento no site da Cinemateca, com serviço completo, incluindo endereço, fichas técnicas e sinopses.
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